sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Aplicação da oficina biologicamente falando de dança
A aplicação da oficina foi uma nova e boa experiência. Nova pois comecei a lecionar esse ano e o grupo ao qual me dediquei estava inserido no contexto de cursinho, que é bem diferente de lecionar em um escola, e foi muito boa por que percebi que o que eu sempre ouvi da minha família e dos meus colegas de curso, que os meninos de escola pública não querem nada com a aura do Brasil ou que só vão à escola para passar o tempo ociosamente, não representa uma verdade absoluta.
Apesar dos contratempos encontrados como a falta de turmas disponíveis na instituição pois estava ocorrendo um evento pedagógico e o problema com a aparelhagem de som, os alunos que foram chamados por nós atenderam o nosso chamado e principalmete se mostraram interessados em interagir conosco, e isso realmente me surpreendeu. Acredito que trabalhar a oficina com uma proposta interdisciplinar aguçou a atenção e a vontade dos alunos em nos questionar e em perceber as ligações entre disciplinas aparentemente tão distantes, essa experiência me mostrou que talvez a falta de um trabalho de valoração do lugar onde esse conhecimento é gerado, pelos professores, funcionários e alunos seja um dos entraves para as dificuldades enfrentadas no ensino público.
Chamar o alunos para pensar no mundo que o cerca, tentar inserir elementos do cotidiano foi que fizemos na oficina e a resposta foi imediata e satisfatória, vejo depois dessa experiência que os estudantes do ensino público não possuem as características que sempre ouvi, acredito que só falte à eles a oportunidade de um compromisso sério do seu país e das pessoas que galgam para si a missão de serem educadores.
Apesar dos contratempos encontrados como a falta de turmas disponíveis na instituição pois estava ocorrendo um evento pedagógico e o problema com a aparelhagem de som, os alunos que foram chamados por nós atenderam o nosso chamado e principalmete se mostraram interessados em interagir conosco, e isso realmente me surpreendeu. Acredito que trabalhar a oficina com uma proposta interdisciplinar aguçou a atenção e a vontade dos alunos em nos questionar e em perceber as ligações entre disciplinas aparentemente tão distantes, essa experiência me mostrou que talvez a falta de um trabalho de valoração do lugar onde esse conhecimento é gerado, pelos professores, funcionários e alunos seja um dos entraves para as dificuldades enfrentadas no ensino público.
Chamar o alunos para pensar no mundo que o cerca, tentar inserir elementos do cotidiano foi que fizemos na oficina e a resposta foi imediata e satisfatória, vejo depois dessa experiência que os estudantes do ensino público não possuem as características que sempre ouvi, acredito que só falte à eles a oportunidade de um compromisso sério do seu país e das pessoas que galgam para si a missão de serem educadores.
Nosso roteiro para oficina
Título: Bilogicamente Falando de Dança
Público / Número: Alunos do 2° Ano – Ensino Médio / 40 Estudantes
Hora / Local: 09h às 11h – Colégio Central
Profº Mediadores:
Alexandre Borges (Biologia), Beatriz Cazé (Dança), Cláudia Andrade (Dança), Cláudia Caldeira (Letras), Helen Cajado (Dança), Heigon Henrique (Biologia), Lilian Lima (Letras), Nádia Rosário (Letras), Tais Soares (Letras), Uiara Moura (Letras).
Objetivos
Trabalhar a interdisciplinaridade num processo de reconhecimento social nas áreas de dança, ciências biológicas e língua portuguesa.
Justificativa
Durante a conversa que tivemos com os professores específicos de cada área de conhecimento, a saber: Ciências Biológicas, Dança e Língua Portuguesa, percebemos que os alunos têm dificuldades em interagir os saberes adquiridos nas diversas áreas.
Mostrar aos estudantes que os diversos conhecimentos adquiridos na Escola podem ser atrelados em prol de um único objetivo.
Conteúdo:
Leitura e interpretação de uma letra de música (próxima a realidade dos estudantes)
Sistema locomotor
Movimentos do corpo
Recursos:
40 cópias da letra da música
01 aparelho de som
01 câmera digital
Avaliação:
Os alunos irão avaliar a oficina e avaliar os seus mediadores.
sábado, 27 de novembro de 2010
Segunda visita ao colégio central - entrevista com professores
Dessa vez fomos entrevistar uma professora de português que leciona no colégio Central , seu nome é Fátima Kalil,quando chegamos ela estava em reunião com o grupo de professores de português e dança que ocorre quinzenalmente, onde discutem e organizão os conteúdos e atividades para que todas as séries possam ter acesso ao mesmo conteúdo.
Por essa razão nossa entrevista teve que ser rápida e ela gentilmente nos concedeu alguns minutos para responder nossas perguntas.
Como ocorre o planejamento das suas aulas?
Faço aulas práticas (com aplicação de exercícios, produção e interpretação de textos, avaliação escrita e processual) e teóricas.
A senhora faz um planejamento prévio de suas aulas, como um plano de aula?
Faço, mas não o coloco na escrita. Ele ocorre durante essas reuniões quinzenais e durante o processo das aulas.
Por essa razão nossa entrevista teve que ser rápida e ela gentilmente nos concedeu alguns minutos para responder nossas perguntas.
Qual seu nome?
Fátima Kalil.Quanto tempo a senhora Leciona?
19 anos lecino sendo que 16 anos foram no colégio Central.Quais matérias leciona atualmente?
Duas, português e produção de textos.Quantas turmas a senhora é responsável?
10 turmas.Como ocorre o planejamento das suas aulas?
Faço aulas práticas (com aplicação de exercícios, produção e interpretação de textos, avaliação escrita e processual) e teóricas.
Qual a sua relação com a escola?
Professora regente.Possui uma boa relação com seus alunos?
Sim. Tenho uma boa relação com meus alunos.Que dificuldades os alunos apresentam? Existe alguma resistência?
Eles não gostam de ler ou de escrever, toda vez que peço uma dessas atividades eles se mostram resistentes. Também não trazem o material, só quando eu peço, dizem que o livro é pesado demais.O colégio oferece suporte para o pleno funcionando das suas aulas?
Nem sempre, as vezes planejei e organizei alguma aula e quando precisava de xeróx ou o som eles estavam quebrados e essas situações complicam o nosso trabalho.A senhora faz um planejamento prévio de suas aulas, como um plano de aula?
Faço, mas não o coloco na escrita. Ele ocorre durante essas reuniões quinzenais e durante o processo das aulas.
Primeira visita ao colégio Central
Nossa primeira visita ao colégio Central tinha como objetivo conhecer o espaço físico da instituição e ter acesso ao tão discudito em sala P.P.P (Projeto político pedagógico).
O professor e diretor Jorge Nunes nos recebeu um tanto angustiado, pois no momento em que chegamos ele resolvia problemas internos da instituição e como a nossa visita não havia sido agendada nós "o pegamos de surpresa" como ele mesmo disse. Porém em nenhum momento o direitor deixou de ser atencioso e educado com nosso grupo e sendo assim nos guiou pelo enorme colégio.
Durante a visita conhecemos os laboratórios, as salas e percebemos que por possuir uma estrutura antiga o colégio não possui espaços adaptados aos portadores de deficiências físicas. Em relação ao projeto político pedagógico (P.P.P) a informação que obtivemos do diretor é que o documento não existe e a justificativa dada foi que apesar das tentativas de eleger uma comissão que possa formular e implantar o P.P.P a falta de organização dos professores, alunos, professores e pais impedem a implementação do projeto.
O corpo docente é formado por oitenta professores (onde nem todos possuem licenciatura), e que pela falta de professores de sociologia e geografia os alunos estão sem aulas.Quanto a estrutura física o colégio possui
02 quadras esportivas; 01 auditório com 220 lugares; 07 pavilhões de aulas e 01 pavilhão reservado para o Pavilhão de Arte (Aulas: Educação Física, Dança, Teatro); 01 conjunto de banheiro por pavilhão de aulas; 47 salas de aulas, mas apenas 30 estão funcionando; Laboratórios: informática, química, física e biologia; 01 Biblioteca e 01 Acervo.sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Questões sobre a realidade do ensino da língua portuguesa no Brasil
1º Qual o papel do ensino da Língua Portuguesa?
Serve para mostrar ao aluno as regras de organização e funcionalidade da língua. Para que ele saiba como e porque se dão a estruturação da mesma.2º Como você aprendeu sobre o ensino da Língua Português?
Me lembro pouquíssimo sobre os anos de alfabetização e as séries iniciais, por essa razão não sei como se deu meu primeiro contato com o estudo da língua portuguesa. Nos ensinos fundamentais e médio lembro me que através de textos literários e não - literários análisavamos os conceitos trazidos pela gramática normativa. Eu particularmente me sentia incomodada porque precisavamos memorizar as regras conceituais e suas exceções. Também não fomos estimulados a pensar a respeito da fundamentação dos conceitos, apenas os gravavamos para aplicá-los nas avalições.3º Quais são os principais problemas no ensino da Língua Portuguesa?
Hoje, como estudante de letras e conhecendo um pouco sobre os estudos linguísticos percebo o quanto a gramática normativa é descontextualizada da realidade dos falantes. Creio que o grande problema do ensino do português é o distanciamento entre os falantes e as regras, linguagem e a representação de "um falar perfeito" que não existe, que é imposto como coerente e que acaba promovendo, afirmando e mantendo o preconceito social, sendo esta a maior barreira imposta pela gramática aos seus falantes.As regras não se aplicam a todos os casos e surge então uma gama de exceções que serão apenas gravadas e consequentemente esquecidos, depois uma linguagem não mais utilizada, à exemplo, entender sujeito e predicado através do fragmento de um livro de Machado de Assis, são outros casos que creio que dificultam o ensino da língua.
4º Consequências e soluções do ensino da Língua Portuguesa?
As consequências para os alunos são o desinteresse pelo o estudo da língua, a criação de uma barreira para a prática da leitura, uma vez que, a associam como uma atividade maçante e sem importância prática em seu cotidiano.Para os professores em exercício e os aspirantes a professores sobra sentir a desvalorização e consequente desestimulação pela prática educacional, o que acaba reforçando (além de outros fatores) o caos que presenciamos na situação da educação no país.
Espero que as discussões e reflexões com a professora e a turma me ajudem a pensar meios de diminuir ou até mesmo encontrar soluções viáveis para a díficil situação o ensino da língua portuguesa.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Síntese do texto de Tardiff
Equipe: Liliam Lima, Nádia Rosário e Taís Soares
Após a leitura e breve discussão do texto "Os professores diante do saber: esboço de uma problemática do saber docente" de Tardiff, observou-se que o mesmo aborda a relação dos professores com os saberes partindo da afirmativa inicial que o professor é aquele sabe alguma coisa e cuja a função consiste em transmitir esse saber a outro.
O autor afirma que o grande problema sobre esse conceito começa no momento em que tentamos analisar mais profundamente como se dá a relação dos professores do ensino fundamental e médio com os tais saberes. O saber docente se compõe de diversos saberes e de diferentes fontes como: disciplinares, curriculares, profissionais e experenciais.
Considera-se que o professor deveria agregar conhecimentos relativos a sua disciplina, conhecimentos pedagógicos para que dessa forma sua prática docente fosse melhor desenvolvida e também agregar a esses conhecimentos os conhecimentos prévios dos alunos.
Assim a prática docente pode ser articulada entre os saberes e a partir deles os professores podem interagir e mediar conhecimentos.
Após a leitura e breve discussão do texto "Os professores diante do saber: esboço de uma problemática do saber docente" de Tardiff, observou-se que o mesmo aborda a relação dos professores com os saberes partindo da afirmativa inicial que o professor é aquele sabe alguma coisa e cuja a função consiste em transmitir esse saber a outro.
O autor afirma que o grande problema sobre esse conceito começa no momento em que tentamos analisar mais profundamente como se dá a relação dos professores do ensino fundamental e médio com os tais saberes. O saber docente se compõe de diversos saberes e de diferentes fontes como: disciplinares, curriculares, profissionais e experenciais.
Considera-se que o professor deveria agregar conhecimentos relativos a sua disciplina, conhecimentos pedagógicos para que dessa forma sua prática docente fosse melhor desenvolvida e também agregar a esses conhecimentos os conhecimentos prévios dos alunos.
Assim a prática docente pode ser articulada entre os saberes e a partir deles os professores podem interagir e mediar conhecimentos.
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