A aplicação da oficina foi uma nova e boa experiência. Nova pois comecei a lecionar esse ano e o grupo ao qual me dediquei estava inserido no contexto de cursinho, que é bem diferente de lecionar em um escola, e foi muito boa por que percebi que o que eu sempre ouvi da minha família e dos meus colegas de curso, que os meninos de escola pública não querem nada com a aura do Brasil ou que só vão à escola para passar o tempo ociosamente, não representa uma verdade absoluta.
Apesar dos contratempos encontrados como a falta de turmas disponíveis na instituição pois estava ocorrendo um evento pedagógico e o problema com a aparelhagem de som, os alunos que foram chamados por nós atenderam o nosso chamado e principalmete se mostraram interessados em interagir conosco, e isso realmente me surpreendeu. Acredito que trabalhar a oficina com uma proposta interdisciplinar aguçou a atenção e a vontade dos alunos em nos questionar e em perceber as ligações entre disciplinas aparentemente tão distantes, essa experiência me mostrou que talvez a falta de um trabalho de valoração do lugar onde esse conhecimento é gerado, pelos professores, funcionários e alunos seja um dos entraves para as dificuldades enfrentadas no ensino público.
Chamar o alunos para pensar no mundo que o cerca, tentar inserir elementos do cotidiano foi que fizemos na oficina e a resposta foi imediata e satisfatória, vejo depois dessa experiência que os estudantes do ensino público não possuem as características que sempre ouvi, acredito que só falte à eles a oportunidade de um compromisso sério do seu país e das pessoas que galgam para si a missão de serem educadores.
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